Já há muito tempo que digo que a série "The Walking Dead" é sobre pessoas. Sempre que eu digo que vejo esta série aparece alguém a criticar. Dizem-me: ai e tal aquilo é só sangue e tripas e mortos. Não, o problema é que aquilo é sobre pessoas e há muito tempo que mostra como as pessoas podem ser. Como as pessoas reagem em tempos de extrema necessidade e mesmo como as pessoas podem ser más só porque sim.
E é isto que me fascina nesta série. Já não estamos a falar em mortos vivos (até porque já nenhuma personagem da série morre por causa de um morto vivo!). Estamos a falar em vivos e bem vivos. Veja-se o exemplo do episódio desta semana que, de tão duro, só o consegui digerir hoje (já deu na segunda-feira) e mesmo assim ainda anda aqui às voltas. Nunca me tinha acontecido eu ver um episódio de uma série e ficar assim. Vou tentar explicar: é um episódio que me enervou porque já não vou ter o meu final feliz da Maggie com o bebé e o Glenn. Se tinha que haver ali alguma coisa de bom iria ser o bebé da Maggie com o Glenn e tudo cor de rosa no meio do sangue e das mortes todas. Agora temos sorte se houver bebé da Maggie, porque o Glenn já foi. E, oh pá, logo o Glenn!!!. Quando mataram o ruivo (já não me lembro do nome da personagem) uma gaja ficou triste e tal. Mas matarem assim o Glenn??? Não há direito... Ai só faltava agora darem cabo do meu Darryl...
Problema no meio disto tudo: no fim do episódio, e depois de todas as atrocidades que o Negan fez (juntamente com a sua Lucille), fiquei sem saber o que pensar dele. Eu explico melhor: o gajo é um grande sacana (para não dizer outra coisa) mas ainda assim é difícil perceber o que se sente por aquela personagem. Não é do género: dava-te já uma catanada que te tirava os dentes. É que o gajo passa o tempo todo a sorrir. Depois disto tudo e de todas as maldades dele aquilo que me lembro do Negan é do sorriso do gajo (também ajuda o actor ser bonitinho)!
Escusado será dizer que aguardo ansiosamente o próximo episódio... Com medo, muito medo!