Pequeno Hobbit ataca de novo
Já aqui falei do pequeno Hobbit que partilha a parede do quarto comigo. Dito assim até parece fofinho. O pequeno Hobbit (decidi chamá-lo assim por causa da coisa da proteção de dados e tal. Assim ninguém o consegue identificar e não me multam e coiso), além de acordar às cinco da manhã entra noutras aventuras.
Então aqui vai uma lista dos seus defeitos: não cumprimenta os seus vizinhos (mas o defeito não é só dele. Este prédio deve ter algum problema), não partilha o mesmo elevador (para partilhar a parede do quarto já é menino, mas o elevador faz-lhe espécie), tem medo do meu cão (daí não partilhar o elevador comigo), fuma nos espaços comuns e o pior de tudo é que coloca o carro a trabalhar dentro da garagem. Esperem lá, não estou maluca de todo. Eu sei que a pessoa tem que por o carro a trabalhar para sair da garagem. Todos o fazemos. Também não quero o pequeno Hobbit com suas perninhas tão pequeninas a empurrar o carro pela garagem fora só para não me chatear.
O problema é que ele coloca o carro a trabalhar dentro da garagem e fica lá dentro durante (sei lá) meia hora. Acontece que já o apanhei lá e o ambiente que estava na garagem era tóxico. Eu pensei: a pessoa pensou em suicidar-se e quer levar-nos a todos com ele. Chegaram a arder-me os olhos. Lá tive que ir denunciar o pequeno Hobbit. Ele agora já não faz isso. Mas aposto que deve ter vontade.
Dizem vocês: isto já cheira a perseguição. Deixa lá o homem em paz. Eu deixo, mas ele também tem que me deixar a mim. Ele já devia saber que não é bom incomodar-me. Qualquer dia atiço-lhe o meu cão que é capaz de lhe saltar para cima (dada a sua baixa estatura) e lambê-lo até ele cair para o lado.