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Xica Margarida

27.02.19

Uma boa empresa faz um bom funcionário

Xica Margarida

Quanto mais escrevo e penso sobre as empresas e as relações dos patrões com os funcionários mais chego à conclusão que a ideia principal é esmifrar ao máximo os funcionários. O pensamento dos patrões é o seguinte: como é que podemos tirar o máximo partido desta pessoa? É um bom pensamento, não me interpretem mal. Considero que as pessoas devem mostrar as suas capacidades ao máximo. Mas daí a que os patrões pensem que as pessoas têm que deixar de ser elas próprias para passarem a ser servas e escravas das empresas vai um longo caminho. 

Tenho assistido a muitas situações do género. Em que as pessoas são um número, um objeto que apenas serve para cumprir. E no final do mês o que é que as empresas fazem? Se pudessemos não pagar este extra melhor ainda. Esta pessoa está a ser pouco produtiva. Os patrões medem as pessoas pela sua produtividade. Isso numa fábrica onde se tem que fazer canecas e atingir um limite diário é aceitável. Nas outras empresas é preciso ajustar. Os estratagemas são tantos que os funcionários acabam por desacreditar as promessas que lhe foram feitas.

Casos mais específicos. O primeiro desrespeito que os patrões têm para com os funcionários tem a ver com os horários. A velha conversa. É também para seu benefício. Se a empresa crescer você também cresce. Não sou eu que estou a exigir que fique mais tempo, é o cliente. É preciso atender o cliente. E os funcionários lá fazem o jeito. Horas extraordinárias. Esquece lá isso. Ah, preciso sair mais cedo hoje, diz o funcionário. O patrão responde: vai ser descontado. Então e as horas que dei a mais. Não há cá horas a mais.

Depois as promessas salariais e os extras que deveriam ser pagos e não são. Tipo as contas não são feitas assim. Todos os euritos que se puder tirar ao funcionário melhor. Ele já recebe muito, por isso, esquece lá os extras (brincadeirinha). 

Mais grave de tudo são as ameaças que o contrato não se renova ou que ninguém é insubstituível. 

Enquanto tudo isto acontece o bom funcionário começa a pensar que assim não vale a pena. A empresa coloca todos os funcionários no mesmo saco e trata todos pela mesma medida. E esquece a máxima mais importante: uma boa empresa faz um bom funcionário e vice-versa. O que eu acho que os patrões se esquecem, no meio disto tudo, é que uma empresa sem bons funcionários e funcionários motivados não é nada. Basta ver que as empresas com mais sucesso são aquelas que têm os funcionários mais felizes e motivados. 

O problema é que ainda há uma grande fatia de empresários que não pensa assim. A verdade é que dar boas condições aos funcionários e mantê-los satisfeitos não custa muito. Às vezes, basta entrar na empresa e dizer bom dia. Às vezes basta dizer: acredito no seu trabalho, ou, fazer um qualquer elogio. Já nem falo em incentivos monetários.

A verdade é que também sei que ter funcionários capazes e à altura não é fácil. Mas eles existem. E se existem é preciso estimá-los, acarinhá-los, defendê-los, motivá-los e tirar deles o seu melhor para que esse seja também o melhor da empresa. 

Como já aqui disse não tenho nenhuma formação em Recursos Humanos. Tudo o que escrevo advém das minhas experiências laborais. E isso também é muito importante. 

 

P.S. Já sei que vão aparecer virgens ofendidas a defender os patrões e acho bem que o façam. Como em tudo há bons e maus patrões. Há os que são como descrevi e os que são o oposto. E também há bons e maus funcionários. Mas para as empresas há sempre uma solução: ser boa para os funcionários bons e para os maus há sempre a porta de saída. Um mau funcionário aparece nos primeiros meses de trabalho, por isso, é fácil para a empresa não o manter. Já para um funcionário sair de uma má empresa não é assim tão fácil...

09.02.19

Entrevistas de Emprego: A Excelente

Xica Margarida

Esta coisa de fazer recrutamento tem muitas coisas más, muitas surpreendentes e, muito raramente, algumas coisas boas. De entre as coisas boas que passaram por mim destaco as pessoas que ficaram até hoje e que guardo bem cá dentro (olha a lamechiche e pára com isso). Entre elas, a Excelente.

A Excelente foi aquela pessoa que, desde o primeiro telefonema, sempre disse excelente a tudo (claro, senão porque é que eu a iria chamar de Excelente?). Era sobre horários, era sobre condições de trabalho, era sobre o ordenado. A pessoa estava a adorar tudo. Como raramente tinha este feedback confesso que fiquei um bocadinho apaixonada ainda sem sequer ter visto a pessoa. Por isso chamei-a para entrevista e a verdade é que a recrutei. A Excelente é boa pessoa e corresponde a tudo o que é pedido. Só lamento tê-la desapontado em algumas situações, mas nem tudo depende de mim.

A verdade é que se tivessemos mais pessoas assim os processos de recrutamento eram tão mais fáceis. E perguntam vocês qual a diferença entre a Excelente e as outras pessoas todas que não foram selecionadas. Bem, a grande diferença tem a ver com a vontade de trabalhar. A Excelente quer trabalhar, não está cá para brincar e nem sequer tem idade para andar a passear a farda de trabalho. Só isso já ajuda muito.

A Excelente é também de uma geração habituada a batalhar muito para conseguir emprego. E de uma geração que não fica à espera que os pais a sustentem até ter idade para a reforma. Por isso, a Excelente mete mãos ao caminho e arregaça as mangas. Não cria problemas onde não existem à partida e não é idealista. As coisas são como são e pronto. Se puderem ser melhores, excelente. Se não, oh pá, vamos trabalhando o que temos para o tornar excelente também. Eu também penso assim e, por isso, me identifiquei tanto com a Excelente. 

Por isso, Excelente, mantém-te assim que vais ver que a vida te corre bem. Eu, por cá, espero continuar a acompanhar-te (lamechiche no ponto máximo).

 

P.S. Para as outras miúdas que não referi mas que ainda cá continuam vocês também são excelentes. E para serem ainda mais comecem a ler o meu blog com regularidade. Pode ser que um dia também escreva um post sobre vocês.

 

18.01.19

Os destaques do Sapo vieram até mim

Xica Margarida

Uma pessoa não pode em si de contente. Então eu a achar que escrevia para três pessoas e eis que entro no blogue e vejo que 2601 pessoas visualizaram (não quer dizer que tenham lido, que isso era demais para mim) um post meu!! Atentem bem, 2601visualizações. Nem posso acreditar. E a quem tenho que agradecer? A quem? Aos destaques do Sapo!!! 

A verdade é que quando comecei a receber emails com notificações de comentários naquele post comecei a achar estranho. Geralmente são dois ou três que comentam. Mas pronto, andei entretida na vida e lá continuei. Quando entrei no blogue e vi que tinha sido destaque então percebi o interesse súbito. Mas adorei tanto! Já me sinto famosa...

Portanto, Sapo continua que estás no bom caminho. Eu prometo continuar deste lado a escrevinhar para te agradar. Sei que nem todos os dias são bons, mas vamos por tentativas. Beijinhos bons e aparece sempre.

destaques sapo.png

 

08.01.19

Entrevistas de emprego - O Cúmulo

Xica Margarida

Eu sei que o tema é recorrente mas as histórias são fenomenais de mais para ficarem guardadas. 

Numa das vezes que fiz recrutamento, procurava uma pessoa para trabalhar na loja nas imediações do Aeroporto do Porto. A ideia era recrutar alguém da Maia para que as deslocações fossem mínimas. Então, como era meu hábito comecei a ligar a candidatos que tinham enviado CV por email, só para termos uma pequena conversa prévia. 

Liguei a dois ou três e eis que apanho o Cúmulo! O Cúmulo é aquele gajo que vive na Maia (como era pretendido porque fica muito perto do Aeroporto do Porto e da loja para onde eu recrutava) e que me diz: ah e tal mas isso fica muito longe. E eu respondo: mas então não vive na Maia? E ele: sim, mas vou ter que perder cinco minutos para chegar à loja. A troca de conversa continua e a certa altura eu penso assim: então a pessoa manda CV para candidatura, vive nas imediações do local de trabalho a que se candidata e agora diz que vai demorar cinco minutos a chegar e não tem tempo... Comecei a endurecer o meu discurso porque a paciência já não era muita. Parecia que eu o estava a convencer a vir à entrevista. Até que o Cúmulo me diz assim: não estou a gostar do seu tom de voz. Meninos, subiu-se-me uma coisa por mim acima... tive que lhe perguntar diretamente: quer vir à entrevista ou não. E o Cúmulo responde: não. E a seguir ainda me desliga o telefone na cara. Bonito, certo?

Depois disto eu não sabia bem o que dizer ou fazer e acho que uma pessoa demora algum tempo a recompor-se de uma situação destas. Claramente o Cúmulo não queria vir trabalhar. O Cúmulo enviou um email com a candidatura por foi obrigado pelo Centro de Emprego. Mas bastava ao Cúmulo ter-me dito isso e pronto. Ficava a questão resolvida. De certa forma ficou, mas eu tive que perder a paciência que é coisa que eu não gosto. 

 

24.11.18

Entrevistas de emprego (eh pá isto é que não)

Xica Margarida

Já aqui escrevi sobre entrevistas de emprego, mas o tema tem pano para mangas. Senão atentem no seguinte.

Numa das últimas vezes que tive que o fazer optei por realizar uma pequena conversa prévia com cada candidato através do telefone só para ter mesmo a certeza que a pessoa estava empenhada. Assim, tinha escolhido três pessoas que tinham enviado CV através de email e às quais liguei e marquei entrevista presencial. Ainda assim recebi uma chamada de uma quarta pessoa que disse ter sabido do processo de recrutamento por uma amiga e que gostaria de ser ouvida em entrevista presencial.

Até aqui tudo bem. Fiz a primeira entrevista presencial, à qual gosto mais de chamar conversa uma vez que o cargo exige uma pessoa comunicativa. A candidata retirou-se e iniciei a segunda entrevista. Mais uma vez uma conversa para perceber a pessoa e tentar conhecer ao máximo as suas motivações. Mais uma candidata que se retirou.

Mandei entrar a Terceira (esta foi aquela que soube do processo de recrutamento por uma amiga). Vamos chamá-la de Terceira para facilitar a coisa (e agora com a proteção de dados é preciso ter cuidado). Lá conversamos, correu tudo dentro da normalidade e no fim a moça diz assim: ah e tal tenho uma coisa para dizer mas nem sei se devo... Eu pensei: o que é que pode vir daí agora. A medo disse: avance, mais vale falar agora do que depois ser surpresa. A Terceira diz-me então assim: sabe, a rapariga que deveria vir agora a entrevista a seguir a mim, a Quarta (mais uma vez sem nomes), pediu-me para dizer que não vai estar presente. Meus senhores, se a pior coisa que se pode fazer numa entrevista de emprego é não aparecer, muito pior do que isso é pedir a uma amiga para dizer que não vai estar presente. Eh pá, custava muito ter pegado no telefone a avisar? Mandava um sms, um pombo correio, sei lá.  Agora pedir a uma amiga para dizer: ah e tal fica muito longe e não vale a pena ir à entrevista!! Para isso tinha dito na conversa telefónica que tivemos. Sei lá. Mas isto sou eu a pensar.

Confesso que já vi de tudo um pouco em entrevistas de emprego. Mas esta foi memorável... Conselho: Não copiem a ideia. É de mau gosto. 

24.02.17

Entrevistas de emprego

Xica Margarida

Tenho passado os últimos dias a fazer entrevistas para lugares aqui na empresa onde trabalho. Não que seja especialmente qualificada para isso, mas como já fiz muitas entrevistas (como jornalista) estas juntam-se ao lote. E nem de propósito hoje lia um artigo cujo título era: "10 hábitos que podem arruinar uma entrevista de trabalho". Fala em vários aspetos, sendo alguns os seguintes: não mentir, não fazer o trabalho de casa, tentar não mostrar nervosismo, falar sem pensar, ser demasiado informal... E a lista continua até chegar aos 10. Mas podiam ser 20 ou 30. 

Isto de fazer entrevistas tem-me mostrado o que as pessoas procuram. Claro, querem um bom emprego, com bom salário e bons horários. Quando li o título do artigo lembrei-me logo de um erro fatal numa entrevista: não aparecer! Pois, hoje aconteceu-me duas vezes. Passo a explicar: falei com as candidatas telefonicamente, marquei a entrevista, dei-lhes a morada do local, perguntei se queriam estar presentes, disseram que sim. Esperei e vai daí que não apareceram. Esse pequeno facto arruinou-lhes a entrevista! Eh pá, custava muito avisar que não iam estar presentes... Ou porque perderam o comboio ou porque o local da entrevista fica fora de mão, não quero saber...

Eu já andei nisto de entrevistas muitas vezes (procurei muitas vezes trabalho) e sei que temos que correr muito para conseguir sequer que nos liguem para podermos mostrar o que valemos. De entre 562 mil e 358 curriculos que se recebem aqui na empresa acabamos por escolher aqueles 5 ou 6 e depois as pessoas não aparecem. Eh pá e os outros 562 mil 352 curriculos que foram para o arquivo e que adorariam estar aqui numa entrevista e não estão? Acho injusto. Ao menos avisam que não vão estar presentes e pronto, ninguém leva a mal. 

 

01.11.11

Histórias de uma desocupada em busca de emprego (Parte Primeira)

Xica Margarida
Olá amiguinhos!

Hoje resolvi partilhar convosco uma experiência que tive enquanto pessoa desocupada (desempregada, vá). Como vocês devem saber quem está desempregado tem que manter uma procura activa de emprego e tem que se apresentar quinzenalmente como forma de provar que não fugiu do país ou não praticou algum crime. Oh, lá me enganei, esse regime é para quem tem problemas com a lei! Os desempregados só têm que se apresentar quinzenalmente, não têm que provar que fugiram do país, apenas provar que continuam à procura de emprego. Mas, não era sobre isso que queria falar, embora houvesse muito para dizer. Mas por agora não temos tempo (já dizia o grande Herman José)!
A história que vos quero contar tem a ver com uma oferta de emprego que o Instituto de Emprego e Formação Profissional me enviou. Recebi, então, em casa uma carta a pedir que me apresentasse na empresa "X", nos dias seguintes. Assim fiz. Procurei a empresa na net e nada. Procurei as indicações no Google sobre como lá chegar e nada. Então parti à aventura! E que aventura (se fosse religiosa, agora diria "Meu Deus"!)!
Então foi assim: Cheguei à localidade e perguntei pela rua. Fiquei a saber que era uma rua que estava dividida pelas duas freguesias. Isso só por si já é engraçado. Chegada à rua não encontrei a empresa nem o número de porta que vinha indicado na carta do IEFP. E agora? O que fazer? Perguntam vocês, e bem!
Chegada a esta fase, e depois de ter contactado com vários populares (houve até uma senhora que percorreu a rua comigo para encontrar aquela empresa), decidi ligar a quem não me poderia falhar: um ex-presidente da Junta daquela freguesia. Se havia alguém que me podia ajudar seria ele. Quem conhece melhor a freguesia que um seu autarca? Pelo menos é assim que eu penso. Então lá fiz a ligação e eis senão quando a resposta me surpreende: "Oh LS, esse senhor (o contacto da empresa) não tem nenhuma empresa! Ele é funcionário de outra firma e, que eu saiba, não abriu nenhuma empresa! Mas o lugar que procuras é uma casa de habitação e, pela indicação que me dás, estás em frente a ela!". Esta foi a resposta que obtive...
Moral da história: Eu fui em busca de um emprego de escriturária. Cheguei ao local indicado pelo IEFP e era uma casa de habitação (mas mais parecia uma casa desabitada) onde ninguém me abriu a porta. Fiquei a saber que o contacto que o IEFP me indicou afinal é de um particular que não tem empresa nenhuma e que quer, afinal, uma empregada de limpeza. Depois de tudo isto fiz uma exposição ao IEFP e devo dizer que ficaram estupefactos com a situação.
Resultado final: Continuo desocupada!

Euzinha

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